Aqui continuaremos a conhecer os fatos ocorridos com o avião da Varig e sua ligação com o numero 7, mas parece que o verdadeiro mistério ainda esta por vir...
O fato é que isso deixou o comandante Gilberto muito impressionado. Ele pilotava um 707 quando caiu em Paris, o número foi formado na lente dos seus óculos, o acidente ocorreu no mês de julho (mês 7 do calendário), havia 117 passageiros, 17 tripulantes na aeronave, dos quais 7 morreram e de acordo com o relatório oficial final do governo francês, os bombeiros chegaram exatamente 7 minutos após o pouso forçado do avião. O número 7 estava implícito na tragédia. Para dar um ar mais misterioso ainda, 7 era o número de filhos que Gilberto tivera com sua esposa.
Toda descrição do acidente feita pelo governo francês pode ser acessado no link abaixo:
Nova Vida
Após o acidente ocorrido na França, o comandante Gilberto ficou conhecido no mundo todo. Foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de Cavaleiro, pelo governo francês e em 1975 ganhou o “Brevet de Ouro”, dado pela Varig, em reconhecimento aos seus 25 anos de comando na aviação comercial.
O comandante foi afastado dos vôos comerciais devido ao acontecido fazendo apenas vôos regionais. Alguns anos após o acidente, Gilberto recebeu a notícia de que voltaria a pilotar um Boeing 707.
O Maior Mistério da Era dos Aviões A Jato
No dia 30 de janeiro de 1979, um avião cargueiro da Varig levantaria vôo do aeroporto de Narita no Japão. O avião foi carregado com sua capacidade máxima, dentro havia uma carga incomum: 153 pinturas do pintor e pioneiro do abstracionismo no Brasil, o nipo-brasileiro Manabu Mabe.
Manabu Mabe estava jo Japão expondo seus quadros avaliados na época em US$ 1,24 milhão de dólares.
O avião cargueiro levantaria vôo com 6 tripulantes e com uma carga aproximada de 150 toneladas. Todos os 6 tripulantes com larga experiência:
- Erny Peixoto Myllius: 1º Oficial
- Antônio Brasileiro da Silva Neto: 1º Oficial
- Evan Braga Saunders: 2º Oficial
- Josê Severino Gusmão de Araújo: Engenheiro de Vôo
- Nícola Esposito: Engenheiro de Vôo
O plano de vôo consistia de decolar da capital japonesa e voar sem escalas até Los Angeles nos Estados Unidos. Em Los Angeles, uma nova tripulação assumiria o avião e o levaria em uma nova viagem até o aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Além dos 5 tripulantes já citados, apresentou-se naquela noite no aeroporto de Narita no Japão, o piloto e comandante da aeronave. Um dos mais experientes e famosos pilotos da aviação da época: Gilberto Araújo da Silva. O mesmo piloto que anos antes havia virado héroi nacional na França ao evitar que um avião em chamas caísse sobre a capital Paris.
Cumprindo todos os protocolos, o comandante Gilberto carregou o cargueiro com a capacidade máxima de combustível, checou todos os equipamentos e preparou o avião para decolagem. A torre de Nárita deu condições de vôo para o comandante. O avião cargueiro levantou vôo às 20:23 horário japonês. Logo desapareceu na fina neblina que cobria o céu da capital japonesa.
Às 20:45, o comandante Gilberto fez o primeiro contato com a torre de Narita. O segundo contato estava previso para as 21:23. O horário chegou mas o contato não veio. O silêncio do PP-VLU logo foi notado pelos controladores de vôo em terra que começaram a a ficar apreensivos. Durante 1 hora, os controladores em terra tentaram sem sucesso contactar o cargueiro PP-VLU. Após 1 hora de tentativas frustradas, a torre de controle chegou a uma conclusão: o boeing 707-323C cargueiro da Varig estava desaparecido.
A marinha e a aeronáutica japonesa imediatamente se mobilizaram, mas a escuridão da noite aliada à forte neblina impediram que buscas fossem realizadas. Apenas quando o sol nasceu, as buscas realmente começaram. Uma imensa busca foi realizada, a guarda costeira e a força aérea dos Estados Unidos se juntaram ao Japão na tentativa de dar alguma luz ao repentino e misterioso desaparecimento do cargueiro da Varig. Dias e dias se passaram e nada. Meses se passaram e nada. Em casos de aviões que caem no mar, é comum que destroços sejam localizados, mesmo que semanas depois, levados pelas marés até as costas de continentes. Isso ficaria mais evidente no caso de um cargueiro com mais de 150 toneladas. Mas não foi isso o que aconteceu.
O Varig 707-323C prefixo PP-VLU entrou para a história como o único jato comercial a desaparecer sem deixar vestígios. Não há nada parecido na história da aviação comercial, nem antes e nem depois. Nunca, um avião a jato desapareceu sem deixar um único rastro.
Nenhuma mensagem de socorro foi enviada pelos tripulantes, nenhuma mensagem captada por outra aeronave ou por radioperadores em terra, nenhum destroço do avião encontrado, manchas de óleo ou combustível, pedaços de estruturas leves, plásticos, que sempre flutuam na água, … NADA foi encontrado.
As buscas foram encerradas algumas semanas depois. 6 meses depois, a família do comandante Gilbertorecebeu um atestado de óbito. Nenhum destroço foi localizado e não houve uma explicação oficial sobre o desaparecimento do cargueiro. Um relatório final da Varig diz o seguinte:
“Não foi possível encontrar nenhum indício que lançasse qualquer luz sobre as causas do desaparecimento da aeronave.”
Teorias
Como nenhum destroço do avião nunca foi encontrado, diversas teorias surgiram ao longo dos anos. Grande parte delas fantasiosas, algumas dizendo que o avião fora sequestrado por alienígenas outras supondo que o avião fora ocupado em um sequestro promovido por colecionadores de arte, hipótese descartada já que os quadros do pintor nipo-brasileiro nunca foram vistos em lugar nenhum.
Há uma teoria que diz que o cargueiro da Varig levava mais do que quadros. Em 1976, um caça soviético modelo Mikoyan-Gurevich MiG-25, desertou da base de Saharovka e pousou no aeroporto internacional de Hokkaido no Japão. Interessados nos segredos do caça, norte-americanos teriam desmontado o mesmo e colocado no cargueiro para ser estudado nos Estados Unidos, por isso a escala em Los Angeles. A inteligência soviética teria descoberto e interceptado o avião e obrigado o comandante Gilberto a pousar em algum lugar da antiga União Soviética. A tripulação teria sido morta por agentes da KGB.
Em 1985, Oswaldo Poeta, amigo do comandante Gilberto, lançou um livro chamado “O Mistério do 707″. Para Poeta, o que aconteceu não foi um acidente, “ele pode ter sido abatido”, diz.
“O que eu acho mais estranho é que o Gilberto era um homem experiente. Ele teria feito contatos. Não fez contato nenhum? Depois silenciou. Criaram muitas teorias absurdas aí, até a de um disco voador. Um objeto não-identificado teria derrubado o meu amigo Gilberto”.
Para Poeta, é possível que o cargueiro tenha sido abatido por caças soviéticos ao entrar por engano no espaço aéreo da antiga nação comunista.
Entretanto a teoria mais aceita diz que o que houve com o cargueiro foi uma despressurização da cabine. Devido a uma falha no sistema de pressurização da cabine, houve uma despressurização da mesma levando os tripulantes a desmaiarem e posteriormente morrerem de asfixia. O boeing teria voado na mesma altitude e direção com o piloto automático, até ficar sem combustível, e caído em algum ponto do vasto oceano pacífico, a milhares de quilômetros de onde aconteceram as buscas.
“Basta que ele tenha caído de forma íntegra, em uma área de grande profundidade e um relevo submarino muito acidentado. Então, o avião vai cair, vai sofrer deformação e afundamento, vai se alojar em algum vale e a gente nunca mais vai saber dele”, explica Moacyr Duarte, especialista em acidente da COPPE-UFRJ.
E vocês o que acham ?
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